TOC é a abreviação de transtorno Obsessivo Compulsivo. É um nome novo para o diagnóstico de Neurose Obsessiva Compulsiva. De vez em quando alguns diagnósticos são revistos e busca-se um nome mais adequado. Ficando mais compreensível ou politicamente correto. Socialmente o nome Neurose é ouvido como crítica, “pesado”, ou quase um xingamento. Transtorno é mais bonito. Mas não é mais passageiro. Nas fases agudas, o comportamento compulsivo é levado a sério e busca-se tratamento, algumas vezes com medicamentos receitados pelo psiquiatra, mas nunca dispensando a psicoterapia com um profissional de psicologia.
No decorrer deste artigo, você verá que os tratamentos oferecidos não são a única forma de controlar o comportamento compulsivo; existem treinamentos ou orientações muito eficientes e algumas vezes com efeitos mais duradouros do que os oferecidos em alguns tratamentos. É muito comum receber pessoas
com histórico de vários tratamentos realizados em suas várias fases agudas destas compulsões.
Para ilustrar nossa conversa, quero sugerir que tenham em mente o filme “Toc Toc”, ou assistam-no para entender a variedade das compulsões ali mostradas.
Poderão ver também o filme “Os delírios de Consumo de Backy Bloom”, em inglês “The Green Scarf” para se divertirem com a compulsão por compras, ou por consumo.
Nos próximos textos que serão disponibilizados neste site, na sessão blog, indicaremos outros filmes, livros, palestras, cursos e treinamentos para quem quiser conhecer melhor as compulsões.
Se você conhece alguém que deveria tratar de alguma compulsão ou se você mesmo quiser tratar de alguma compulsão, acompanhe este blog, neste site, e indique estas leituras aos seus conhecidos.
Se você parou de ler este artigo para assistir a um dos 2 filmes sugeridos, sei que se divertiu muito e voltou aqui ainda mais interessada. Algumas vezes escreverei me referindo ao masculino (seus conhecidos), outras ao feminino (mais interessada) por quê meus textos são para homens e mulheres e assim evito escrever sempre com o (a) ou o (o). Continuando, vamos fazer uma listinha incompleta das compulsões que mais cedo ou mais tarde obrigam a pessoa a buscar ajuda para mudança de comportamento.
Vamos lá? Vamos às compulsões em desordem alfabética:
limpeza; verificar portas, gavetas, janelas, torneiras, fogão; organizar roupas nos armários, objetos, livros, estantes, alimentos dentro da geladeira ou armário, dentro do carrinho de compras do supermercado, dinheiro na carteira por determinada ordem; andar em linha reta, ou sem pisar em rachaduras ou riscos ou em determinadas cores; não deixar objetos em determinadas posições, desalinhados; tomar banho; palavrões descontrolados; horários rígidos; sequência pré-determinada para: se vestir, falar palavras evitando algumas, dar os passos; por fim e não menos graves estão o alcoolismo, tabagismo, drogas ilícitas, cocaína, crack, heroína, êxtase (Ecstasy), compras, consumo; jogos lícitos e ilícitos; sexo; briga; roubo; internet.
Lembrem-se de que esta lista está incompleta. Você pode enviar suas dúvidas deste assunto ou seus acréscimos e iremos “conversando”, preenchendo ali no final deste texto.
As compulsões são sempre comportamentos, sempre mesmo. Mas muito repetidos e sem controle. As pessoas que tentam acabar com as compulsões sabem o quanto sofrem com os pensamentos que forçam a repetições indesejadas. Algumas pessoas descobrem a hora certa de suas “fissuras”, desejos incontroláveis de repetir o comportamento, ou as épocas da vida ou do ano em que acontecem. Os pensamentos repetitivos que levam às compulsões são as obsessões. Também causam grandes sofrimentos, dominam a pessoa, mesmo sem levar ao comportamento compulsivo.
As compulsões apresentam-se às pessoas já na infância,às vezes forma leve, às vezes graves, nem sempre recebendo os cuidados necessários. Suas causas são diversas, mas para a psicanálise podem ser juntadas todas as causas sob o título de neurose. Baixa Autoestima pode ser uma das causas. Autoestima é uma palavra pouco
compreendida e muitas vezes mal utilizada. As pessoas que pensam coisas do tipo “não vou conseguir”, “tenho medo de fazer”, “tenho medo de não dar certo”, por exemplo, podem adotar comportamentos rituais como técnica de garantir a eficiência. Claro que esta não é a explicação da psicanálise.
Timidez excessiva pode ser outra das causas. O tímido pode fechar-se em seu mundo, onde encontra proteção, e não se arriscar. Em seguida evitará possíveis concorrências ou competições. Se sentir o peso da crítica sobre a timidez, poderá criar um “jeito de ser” particular, com rituais que lhe dão identidade depois passará sofrer de suas consequências.
Falamos de possíveis causas, mas NÃO estamos definindo-as cientificamente.
Apenas estamos mencionando algumas causas possíveis e assim não deixaremos no vazio suas justificativas.
A falta de autoconfiança pode ser outra das causas. A falta de equilíbrio também pode ser outra.
O treinamento para livrar a pessoa de ser escrava das compulsões, levará em conta a soma de todas as causas e ao conseguir “fazer crescer” na pessoa a AutoConfiança, o AutoControle, o Equilíbrio, e torná-la um ser humano com mais paz, talvez irá se tornar aquele ser humano que teria sido se eventos antigos de sua vida, talvez de sua infância, não tivessem mudado seu destino, tornando-a compulsiva.
Quer saber porque falamos “fazer crescer” na pessoa?
A explicação é simples.
É porque já existe dentro de você, dentro de cada pessoa, a semente da autoconfiança, do equilíbrio e do autocontrole.
O treinamento certo fará germinar, crescer algo que já está lá.
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